skip to main |
skip to sidebar
título 4 (e último!)
branco mais branco não há!
Até que enfim! Parece que desta vez o branco com que pintaram a Lapónia é coisa para durar até Abril. O mercado térmico tem-se mantido abaixo de zero. Por estes dias o sol já se exibe por mais de quatro horas diárias e até o feio centro consegue algum brilho...
Entretanto o Kemijoki está já suficientemente gelado para que carros o atravessem de margem a margem sem recurso às pontes habituais. Em vez do Wally, procurem o rio.
Sempre em frente, prego a fundo! (oh! muito haveria a dizer sobre "prego a fundo!". Mas como há quem durma desde a "falta de chá", fica, por agora, para títulos vindouros!).
Em jeito de competição "branco mais branco não há!" vs. "é bom sujar-se!", vou este fim de semana a Tromso verificar a brancura norueguesa e aproveito para ver uns filmezinhos.
Bem... acabar, acabar, não acabaram! Mas eu estou fora desde há algumas horas. O semestre p'ra mim chegou ao fim! Não vou estar na apresentação final do projecto deste semestre (por razões óbvias, não vou volto a mencionar Only Planet aqui carago... oops, carago não, carago!), mas confio plenamente nas minhas camaradas finns. Alguém deste grupo ainda vai longe!
Ontem fui posto à prova em mais um exame de finn. Rai's parta! Não porque seja uma língua díficil de aprender, não é (há outras línguas bem mais díficeis de dominar... e mais "apreciadas" também!) mas porque por agora não tenho informação suficiente para comunicar fora do inglês (que todos por cá usam mais ou menos...). Perco a última aula mas não perco muito (acho eu!).
Hoje, durante o meu último almoço no Petronella (este ano! Ah... Petronella é o nome do restaurante da FAD) fui brindado (que egocêntrico. "fui"!... quero dizer "fomos"! Eu e os outros comensais) com uma sessão de cânticos natalícios, notavelmente apresentados pelos estudantes de Educação. Olh'á pose!
Depois desta pérola, saí para dar um saltinho (que é uma forte simpática de dizer que tive que caminhar 30 minutos) até ao centro de Rovaniemi. Rai's parta (outra vez!), o loquete (alguém sabia que se escrevia assim? Vá lá, confessem... Eu não sabia!) da minha bicicleta está de férias, o que significa que terá que ser serrado. Até lá, de volta ao exercício forçado! Quando saí para a rua (eram 13:06) o sol estava a pôr-se! O sol que eu não vejo há já várias semanas... Acabei de confirmar, o dia hoje teve 2h29m.
Fui até Sampo Aukio(a famosa Lordi Square que os rovaniemenses gostam tanto quanto os portuenses da Pavilhão Rosa Mota. Os portuenses (ou não) gostam (ou não) do Palácio de Cristal!) e estive a preparar (e a fazer também) algumas compras de Natal. Aproveitei para apreciar a "feirinha" de artesanato e para me assustar com o boneco de neve que lá está (de alguma forma parecido com um Lordi!). Tão feio que quase fugi dele...
Amanhã (ou daqui a nada, dadas as horas) vou partir até Oulu (a "next big city" por estes lados) e continuar viagem até Vaasa para na quinta atravessar o Báltico até Umeå na Suécia. Por isso hoje acabaram as aulas p'ra mim... Volto p'rá Finlândia no mesmo dia, mas não volto a Rovaniemi sem ir a Tampere. A próxima cidade depois, está ainda por decidir: Turku ou Helsínquia.
Neste dia especial, os meus mais sinceros desejos de profunda felicidade para a menina do forcado!
Acabo de chegar da capital. Até lá, pouco mais de uma hora de voo; para cá mais de doze! Nunca vi comboio mais lento... ao ponto de parar no meio de nada (à espera que algo aconteça? Era o único). Pelo menos 2/3 da viagem foram a dormir. Vá lá, nem tudo se perdeu.
A capital? A capital é a capital. Está para a Finlândia como o Porto para Portugal (O quê? A sul do Douro é mouraria! Não é nada... que eu preciso muito do Sul para saber o que vale o Norte), apesar de bem mais pequena. E ontem no kiasma (a versão finn de Serralves) descobri um achado arqueológico portuga. E reparem tanto no conteúdo como no excelente português com que brindaram os finns; estes portugas, são ou não são do Norte, carago?
E como não podia deixar de ser, os "patinhos":
De volta ao início, e porque quero que o tempo volte p'ra trás. A impresibilidade dos fenómenos atmosféricos deixou o mercado térmico de Rovaniemi de candeias às avessas (melhor ainda: de candeias apagadas...). Ò tempo volta p'ra trás porque todos querem (e eu também, sem surpresas) as temperaturas negativas de há umas semanas atrás. Confesso que é muito mais confortável sentir 20 negativos e neve pelos joelhos (quem diz -20 aguenta -30 ou -40) do que estes míseros (miseráveis mesmo) 0ºC e gelo pelas solas. Esperemos que, quando não há nuvens no céu, o não acontece há largos dias (largos dias... mentira: curtíssimos! Hoje, 3h e 28min) a possivel luz solar ajude a trazer de volta o frio e com ele a neve, caso contrário o trenó não descola e não haverá Natal para ninguém.
Que §u£@ de semana, a última... todos os dias a "pegar" às 9 da manhã (noite cerrada: o sol hoje apareceu às 9:31 e desapareceu 14:35, num total de 5h e 4min de luz... se não houvesse nuvens no céu!) e a carburar até de madrugada. Só mesmo de café nas veias!
4 aulas na segunda às 9h; fui a duas! Reunião Only Planet até não sei quando...
Terça-feira negra: começar e terminar uma apresentação para a quarta de manhã entre 8 horas de aulas.
Quarta de manhã, depois da apresentação, 5 horas a ouvir o "especialista" Michael Hardt sobre tendências e package design numa abordagem do tipo Maya ou Paulo Cardoso. Final do dia a "assaltar" as prateleiras dos supermercados de máquina fotográfica (deve ler-se telemovel). Café com a friendly family para despedidas (sozinho, outra vez!). Ainda assim, com tempo para jantar e um lindo passeio nocturno pelas margens geladas do Kemijoki. Um último exercício de amor antes da partida na manhã seguinte.
Quinta com almoço depois das 15h (o almoço começa a servir-se por aqui logo depois das 10:30. Se calhar foi jantar...). Entre o packaging workshop e o último encontro Only Planet antes da apresentação, tempo ainda para uma apresentação (2ª da semana) sobre o modelo idesign. À noite um demorado download com a "banda sonora" para o filme Only Planet.
Sexta-feira (quase) santa. Não há nada que pague o brilho no olhar do nokia designer. Não há nada que pague o abanar tímido de cabeças finlandesas do fundo da sala, registo inequívoco de prazer provocado pelos ritmos de Caetano e Duncan. Não resisti (e logo eu, meu deus!) e abanei o corpinho (serão suadades?). Menos uma aula de finnish. Mais umas horas de workshop e entretanto um private meeting a sublinhar o valor da proposta Only Planet. Ao final do dia a inauguração de uma exposição na FAD e um concerto da, já familiar (em todos os sentidos), Orquestra de Camara; para me lembrar que há outros ritmos.
Sábado com mais (de 5h!) workshop... quem as teceu que as urda (este sim, é o verbo do mês, carago! Vá lá, todos juntos, desta vez no pretérito mais-que perfeito: eu urdira, tu urdiras, ele...). Depois de um final de tarde, perdido em casa, a fazer não sei muito bem o quê e uma ida fora de horas ao hipermercado, fui desafiado para uma Summer Party em Kuntotie (residência massiva dos "internacionais"). E que §u£0 de supapo (se urdir é o verbo do mês, supapo é, definitivamente, o substantivo!) eu dei. O mercado térmico está em alta e por isso nos últimos dias choveu; mesmo assim a chuva congelou. Andar lá fora com alguma dignidade só mesmo os altamente embriagados. Como não era o meu caso (ainda), "patinei" de cóxis uns bons cinco metros! Nada que uma porrada (neste contexto, porrada também é um bom substantivo, ainda assim sem hipótese de chegar ao ouro) de cervejas não ajudassem a "melhorar".
Domingo a aspirar, esfregar, lavar e secar roupa... em bom português: faxina! Já é segunda-feira (outra vez!), são 1:20 da manhã e às 9:00 com mais workshop...
Parece que é "tradicional". Todos os anos, às entradas de Novembro, os "alunos-artistas" da Faculdade de Arte e Design esculpem (que palavra estranha... será possivel que alguém diga: eu esculpo? Ou, vós esculpis? Já agora, tentem conjugar o verbo tagarelar no futuro do pretérito. Eu dou o mote: eu tagarelaria, tu...) em madeira umas tantas esculturas (é redundante não é? Pleonasmo? esculpir esculturas... podem esculpir-se outras coisas?), expoem-nas na praia (bem, aqui solta-se a gargalhada: Praia? Em Rovaniemi?) e ateiam-lhes o fogo (fogo! Outro verbo fixe: atear! Eu ateio, tu ateias, ele ateia...). A cada fogueira, cuidadosamente sonorizadas com percussão tribal (africana?) e animadas por piro-malabaristas , o público (centenas dele) aplaudia. Uma hora a "congelar"... Ficam aqui as fotos (do costume):

Última foto: para os mais distraídos isto é neve e não areia... praia com o rio congelado!
Prometi aqui há uns dias, esquissar uma pequena ilustração da actividade noctívaga local. Como a agenda tem estado muito preenchida (o costume: sempre pouco ocupado com muito trabalho), convidei another foreigner a usar este espaço e assim projectar algumas imagens do hambiênte robaniémênse (deve ler-se mesmo assim... é o sotaque!). Assim, o espaço que se segue é direito de antena e da inteira responsabilidade do(s) interveniente(s).
Passados alguns dias, conhecidas algumas pessoas, calcorreado algumas ruas, bebido umas tantas cervejas, corrido alguns perigos, vividas algumas aventuras, eis que apresento a noite de Rovaniemi: a cidade é pequena e retirando os bares e restaurantes dos hotéis, a oferta não é muita mas variada!
A noite começa cedo, tendo em conta que a partir das 5 da tarde se janta, os cafés e bares que até essa hora servem litros de café (aqui bebe-se em chávenas almoçadeiras!) passam a servir cerveja em copos de meio litro. Porém, os apreciadores de cerveja ficam logo desapontados mal as veem sair sem qualquer pressão. O sabor também é pouco interessante mas, para apreciadores de chá como eu, é bom! De outras bebidas não vou falar, dará uma boa reflexão para o meu anfitrião. Ficam aqui apenas breves comentários aos espaços visitados:
Hemingway’s
Muito frequentado por locais e internacionais, decorado com imagens, livros e objectos que nos fazem pensar que estamos na casa do romancista jornalista norte-americano.
Zoomit
Muito internacional, com grandes janelas que nos proporcionam ver quem passa na rua ou quem está no interior. Disseram-me ser o local mais “chic” da cidade e por isso o café custa 2,20 e a cerveja 5 euros.
Irish Times Bar & Lounge
Bar tipicamente irlandês, onde se pode ouvir música ao vivo. Tem uma esplanda onde fornecem mantinhas para os mais corajosos.
Paha Kurki
Pequeno espaço, cerveja em quantidade. É “obrigatório” consumir no mínimo 2 litros!
Comico
Espaço notoriamente para os estudantes onde se pode comer e cantar (Karaoke)! Nunca vi tanta mulher junta... a não ser num strip masculino!
Pub Huli Bumba
Decoração lapónica (mesas e bancos em madeira, muita madeira), com algumas mesas de bilhar, jogos e claro... karaoke e muita cerveja! Mais tasco que o Tupsu.
Kellari
Grande espaço, com grandes ecrans onde se pode assistir aos jogos de futebol e dançar, com muita cerveja à mistura.
Tupsu
Não sei se fomos os primeiros internacionais a entrar... é um dos tascos cá do burgo, muito orgulhoso das suas origens. Tem bandeiras da Lapónia, cores da Lapónia e muita madeira da Lapónia... no balcão, nos bancos, nas mesas, nas paredes...
Oluthuone
Como o Tupsu, no centro da cidade e frequentado por gente mais jovem.
Holvi
Não tão finnish, mas frequentado por locais.
Comum a todos os espacos há, como já referi, a cerveja uma vez que, após o jantar é “obrigatório” beber álcool e esta é a bebida mais barata. Em média consegue-se o tal meio litro por €2,50. Claro que, leve como é e com temperaturas no interior a rondar os 22ºC, o consumo das loiras aumenta consideravelmente e ao fim de umas horas e dois ou três bares percorridos antes de ir para a disco é só ver os “introvertidos” finns a mostrarem quem são! Eles sentam-se na nossa mesa, eles ficam especados na nossa frente, apresentam-se ou não, tiram-nos a medidas e quando digo tiram as medidas certificam-se mesmo delas! Não importa se são homens ou mulheres, se estão sós ou acompanhados, nem se estamos sós ou acompanhados simplesmente “dão-se” a conhecer. Claro que por vezes se apanham alguns sustos!!! Nem todos são altos (as), loiros (as) e dinamarqueses (as) ... são finns pois claro!
A partir da meia noite vai-se para as discos. Das seis existentes visitei quatro. Nelas revivi os meus tempos de teenager. Lembram-se quando iam às matinés da aldeia e as pessoas que estavam sentadas corriam para dançar aquela música que gostavam e no fim voltavam para os seus lugares? Em que o DJ deixava acabar uma música para colocar a segunda? Em que as pistas eram no meio do espaço e à volta todos estavam “pendurados” a ver quem dança? Cool...
No Tivoli, que classifico como antigo, em estado decadente, sujo e feio, encontram-se todos os estudantes. É o espaço mítico que segundo dizem todos amam (TIVOLI =I LOV IT).
Nite Train é como um labirinto, com várias salas mal iluminadas, corredores estreitos muito convenientes... O DJ tem o set no balcão e serve copos entre as músicas.
A Doris Night é para todos! Turistas, locais, estudantes internacionais. Paga-se 2 euros para deixar o casaco, as luvas, o gorro e o cachecol mais 6,50 para entrar, sem bebidas claro está!
Entretanto, foi inaugurada uma discoteca muito “fashion” com quatro espaços distintos com música para todos os gostos: Rock, Electrónica, Disco e Pop Finnish. Nela o ambiente já é bem mais europeu, com DJ´s profissionais, seguranças, só faltando mesmo os animadores. É uma espécie de franchising finlandês e chama-se Onnela.
Em todos os locais há rigor nos horários e às 3h30 as luzes começam-se a acender, as pessoas dirigem-se para as saídas e às 4 da manhä as portas estão fechadas. Para continuar a noite só mesmo em festas particulares que segundo os lapões, são mesmo as melhores! Mais informações no ranking de todos os espaços desta latitute, incluindo a bôite, segundo votação dos clientes!