É sim senhor!
Por partes, então. A viagem a Bremen. Depois do dia nacional noruguês (sobre o qual não vou tecer qualquer comentário, porque não acrescento nada ao que podem encontrar noutros sítios. Escuso-me a replicar informação gratuitamente!), e aproveitando viagens lacoste (low-cost, ou que quer que isso seja) demos um saltinho a Bremen, Alemanha. Não havia motivo nehum, necessidade nenhuma de foro nenhum, pressa nenhuma em visitar germânicos nenhuns. Mas fomos. Foi "lacoste", e fomos. Ficámos surpresos por encontrar tão poucos germânicos a falar inglês; ficámos surpresos por quase toda a televisão germânica estar dobrada em germânico (por ouvir o Al Pacino carregar nos r's como se tivesse catarro); ficámos surpresos com o bairrismo local; surpreendidos com os festejos pela vitória do Werder Bremen na final da Taça germânica; e finalmente, surpreendidos com uma chuva "grossa" que acinzentou o final do fim de semana.
Continuando por partes. Descubra as diferenças!
Outra parte: gå på tur. Que é como quem diz, caminhar nas montanhas. Pelas diferenças que tenho a certeza descobriram (!), esquia-se no Inverno - o Branco - e no Verão - o Inverno Verde - procuram-se bandeiras estrategicamente distribuídas (leia-se escondidas). De mapa numa mão, bússola na outra, sandochas na mochila, mochila nas costas, mosquitos nas pernas e mordidas nos pescoço, aí vamos nós por entre árvores e serpentes à cata de mais uma bandeira. Linha! Linha completa. Siga para bingo.
Parte última: última! Depois dos poucos dias de tempo instável da semana passada, da visita do Nakata e da Bel (ah, saudades!), dos arco-íris, e das noites que são só lusco-fusco (nada que se assemelhe com sol à meia-noite. Nem de perto, nem de longe!), vem aí uma onde de calor. Coisa para empurrar o mercúrio, com muitíssimo esforço, até aos 30º Celsius, dizem.
Por via das dúvidas o melhor mesmo é não arriscar e rumar até à terra natal para sebastianar. É garantia de que o mercúrio vai rebentar! Até já.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
teaser
... muito ocupado com pouco trabahlo. É a minha expressão profissional preferida! E tem sido de facto assim.
Como as queixas a propósito da "habitual estagnação temporária" (palavras minhas para serem lidas mais do q uma vez!) ultrapassaram as barreiras domésticas e tenho sido perseguido e pressionado dentro da própria casa para actualizar o blog, fica aqui a promessa de o fazer brevemente.
Acontece que, a par da consumição profissional, o Verão está cá em peso e as horas livres têm que se passar lá fora, atrás da máquina fotográfica e não à frente de um flat screen!
Ainda assim, fica a promessa de um relato fotográfico de uma curta viagem a Bremen, de um passatempo de "descobra as diferenças", de umas fotos das recentes caminhadas por estes montes e vales, e talvez ainda um demonstração desconcertante do que é ser-se "norugo"!
Como as queixas a propósito da "habitual estagnação temporária" (palavras minhas para serem lidas mais do q uma vez!) ultrapassaram as barreiras domésticas e tenho sido perseguido e pressionado dentro da própria casa para actualizar o blog, fica aqui a promessa de o fazer brevemente.
Acontece que, a par da consumição profissional, o Verão está cá em peso e as horas livres têm que se passar lá fora, atrás da máquina fotográfica e não à frente de um flat screen!
Ainda assim, fica a promessa de um relato fotográfico de uma curta viagem a Bremen, de um passatempo de "descobra as diferenças", de umas fotos das recentes caminhadas por estes montes e vales, e talvez ainda um demonstração desconcertante do que é ser-se "norugo"!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
páscoa sueca
Conto já com 32 páscoas. A menina conta com... huups, mudemos de assunto. Adiante. Páscoas, escrevia eu. Na última fomos a Gotemburgo (Gøteborg em sueco). Viagem fácil, curta, simpática. 4:45 enfiámo-nos no swede. Uma centena de quilómetros até Sandefjord. 6:15 atrevemo-nos na "barriga" do M/S Bohus e às 7:00 zarpámos em direcção a "mar" sueco.
10-04-2009 14:10
No regresso, em Bohus (a localidade e não o ferry) descobrimos que a fortaleza construída por norugos, nunca foi vencida, apesar das inúmeras tentativas. Ainda assim, não é a primeira vez que é sueca.
No dia de Páscoa, às 17:00 estávamos já à espera do M/S Color Viking que nos haveria de levar direitinhos à experiência de sermos controlados na alfândega. Acho que fomos escolhidos porque eu viajei com um look meio-muçulmano-trafulha-chico-esperto-estranja-terrorista-traficante-tratante (barba comprida, cabelo não menos curto...) Perguntas de rotina: quem são? De onde vêm? Para onde vão? (o Bocage, com uma arma apontada à cabeça, teria respondido: Sou o Bocage, venho de café Nicola e vou para o outro mundo se disparares a pistola!). Foi desagradável só porque nos atrasaram 30 minutos com a revista ao swede... mas foram simpáticos. O costume.

10-04-09 07:37
9:30 estávamos só à espera que as [com]portas se abrissem para que em Strömstad nos iniciássemos em estradas suecas. 12:00 e pouco mais de 160 km depois perdíamos a (melhor) saída para (o centro de) Gotemburgo. Nada que não se recuperasse nos 15 minutos seguintes.Gotemburgo naqueles dias santos (santos também pelo tempo primaveril) adornou-se dos seus e de nós também. Por dentro e por fora.
Os dias seguintes passaram-se n'algumas compras, mas muito menos do que a passearmo-nos pelas principais avenidas e praças da número 2 sueca. Compras? Na Suécia?! Credo! Estaremos a ficar norugos? A "fugir" até à Suécia para comprar? E aproveitar as lojas tax-free do ferry? Principalmente para abastecer a adega? Tráfico? Nãããã... Claro que não! A verdade é que os preços suecos são, grosso modo, 10% a 15% mais baixos.
Não é difícil ver um Ferrari, Porshe ou Corvette nas ruas de Gotemburgo; não é fácil conduzir em Gotemburgo (quero um GPS no meu aniversário); não é difícil contar 7 Volvos por cada 10 carros parados num semáforo vermelho em Gotemburgo; não é fácil encontrar passadeiras nas ruas de Gotemburgo; não é difícil "ver" o centro a pé; não é fácil apaixonarmo-nos por Gotemburgo em dias santos... Eu? Não.
Não é difícil ver um Ferrari, Porshe ou Corvette nas ruas de Gotemburgo; não é fácil conduzir em Gotemburgo (quero um GPS no meu aniversário); não é difícil contar 7 Volvos por cada 10 carros parados num semáforo vermelho em Gotemburgo; não é fácil encontrar passadeiras nas ruas de Gotemburgo; não é difícil "ver" o centro a pé; não é fácil apaixonarmo-nos por Gotemburgo em dias santos... Eu? Não.

No dia de Páscoa, às 17:00 estávamos já à espera do M/S Color Viking que nos haveria de levar direitinhos à experiência de sermos controlados na alfândega. Acho que fomos escolhidos porque eu viajei com um look meio-muçulmano-trafulha-chico-esperto-estranja-terrorista-traficante-tratante (barba comprida, cabelo não menos curto...) Perguntas de rotina: quem são? De onde vêm? Para onde vão? (o Bocage, com uma arma apontada à cabeça, teria respondido: Sou o Bocage, venho de café Nicola e vou para o outro mundo se disparares a pistola!). Foi desagradável só porque nos atrasaram 30 minutos com a revista ao swede... mas foram simpáticos. O costume.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
este blog é uma vergonha!
este blog é uma vergonha! (foi assim que comecei, e imediatamente fiz um copy-past para o title). Porque, de facto é! Há mais de um mês que não aparece nada aqui, quando de facto, tem havido muito para "partilhar". Por exemplo, cheguei ontem de alguns dias em Gotemburgo, e temo que a partilha seja feita daqui a umas semanas... inclassificável, imperdoável, im... meu caro portugalilainen!
Que partilho eu hoje, então? Se Gotemburgo fica para daqui a umas semanas, partilho qualquer coisa do mês passado: a saber, o encerramento oficial do Inverno (todos sabem) e o da minha época de esqui. Foi-se. Para Novembro há mais!
Começo p'lo Inverno. Acabou, é certo, mas a Primavera ainda não chegou. Ou melhor: chegou (oficialmente, todos sabem), mas sem cheiro. Ou melhor: vem a caminho. No fundo, vivemos no hiato entre a partida e a chegada, na transição, na metamorfose... à espera. E como irrita ficar à espera. Desespero!
[nota: quanto mais depressa mais devagar. Ontem fiquei sem "net"; até aqui é d'ontem, daqui para a frente é d'hoje. Continuemos...]
Assim, perdido o fio à meada, ficam aqui as fotos do último fim de semana de Março em Hemsedal, e a promessa de mostrar aqui uns vídeos marotos das últimas horas da época, em Kongsberg, uma semana antes da Páscoa.
Que partilho eu hoje, então? Se Gotemburgo fica para daqui a umas semanas, partilho qualquer coisa do mês passado: a saber, o encerramento oficial do Inverno (todos sabem) e o da minha época de esqui. Foi-se. Para Novembro há mais!
Começo p'lo Inverno. Acabou, é certo, mas a Primavera ainda não chegou. Ou melhor: chegou (oficialmente, todos sabem), mas sem cheiro. Ou melhor: vem a caminho. No fundo, vivemos no hiato entre a partida e a chegada, na transição, na metamorfose... à espera. E como irrita ficar à espera. Desespero!
[nota: quanto mais depressa mais devagar. Ontem fiquei sem "net"; até aqui é d'ontem, daqui para a frente é d'hoje. Continuemos...]
Assim, perdido o fio à meada, ficam aqui as fotos do último fim de semana de Março em Hemsedal, e a promessa de mostrar aqui uns vídeos marotos das últimas horas da época, em Kongsberg, uma semana antes da Páscoa.
domingo, 8 de março de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
um dia nas rampas
Sim, rampas. Não confundir com Ramblas.
Para os mais distraídos, é bom saber que Kongsberg tem neve até à ponta dos cabelos. Literalmente; e não é necessário nem ser baixo (referência escusada à altura da menina) nem atirarmo-nos ao chão (outra referência escusada, desta vez às minhas quedas). Que fazer então numa cidade "dominada" por engenheiros? En-ge-nhei-ros (e ainda dizem que não há inferno?). É urgente legislar para que por cada "marmanjo" que entre em engenharia se lhe "ajunte" uma "piquena"? Tipo discoteca: Ah e tal não está acompanhado? Ah não? Então não entra. Pumba!
... onde ia eu? Pois... Kongsberg, cidade a abarrotar de engenheiros, parco em enfermeiras. Enfermeiras? Oh diabo!!! Sim, há dias dizia-me um colega da bola: aqui há os engenheiros do parque industrial e as enferneiras do hospital. Sendo que por cada engenheiro há p'rái menos de 1/4 de enferneira (e ainda dizem que não há inferno!).
... onde ia eu? Pois... Kongsberg, cidade a abarrotar de neve, parco em enfermeiras. Que fazer aqui, então? Cada um sabe de si. Eu, que até nem nutro grande "admiração" por enfermeiras, tenho andado desde o início de Dezembro a tentar partir a outra clavícula. Como? A esquiar (n)as rampas.
Acontece que o resort dista mais do que uma hora, a pé, de casa. Vou de autocarro, à boleia, mas vou. Comprar as subidas não é barato. Alugar o equipamento também não. Ele é o esqui, a bota, os bastões, o outro esqui, a outra bota, o capacete, a máscara, o gorro, o kit de primeiros socorros, o GPS, o mapa do tesouro... ok, ok. Menos, mas ainda assim muita coisa! Depois de algumas idas já havia gasto o suficiente para comprar o equipamento todo (incluíndo o mapa do tesouro).
Prevendo que mais cedo ou mais tarde (mais cedo do que mais tarde) teria que comprar tudo, como haveria depois de carregar o equipamento? O autocarro não passa em frente a casa, é tudo pesado e difícil de transportar... só havia uma solução: comprar uma bicicleta e um atrelado! Mas depois de ver o preço das bicicletas, desisti dos atrelados também. E havia carros mais baratos. Fui a Oslo ver um carro com preço inferior ao de algumas bicicletas (não estou a "reinar") e, como me perdi a tentar convencer o dono que eu percebo de mecânica, sem sucesso, acabei por perder também o último comboio para casa. Não tive alternativa: tive mesmo que comprar o carro se queria vir dormir a casa. Oh lar, doce lar! Os carros aqui são vendidos com 9 pneus: 1 sobresselente; 4 para o Inverno e outros 4 para o Verão. P'lo preço de uma bicicleta não está mau...
Depois do carro, veio o presente mais apreciado nos últimos anos, com a devida vénia à própria menina, minha senhora: um par de esquis que eu "namorei" nos últimos meses. Novinhos. Espectáculo! No dia em que os recebi, dormi a correr e sonhei com eles. Agora, "calçado" num par de [botas "montadas" nuns] esquis, tenho tentado partir uns ossos. Sem sucesso, felizmente.
1: retira-se 15 cm de neve e descongela-se o carro; carregue-se todo o material e siga que se faz tarde.
2: tira-se o material do carro, salta-se p'ra dentro da botas e p'ra cima dos esquis; luvas, máscara, capacete, bastões, 'termos' com o leitinho, biscoitos do pequeno almoço, manual de instruções, etc.
5: depois de se chegar ao topo, sair do elevador em modo "trapalhão", atropelar dois putos reguilas e uma velhinha, quase arrancar a própria orelha no choque contra um pinheiro, consegue-se parar com um certo equilíbrio (não é que seja minha culpa, é só o meu estilo) e tira-se uma foto para esquerda.
[video6] 8: volta-se à pista e tenta-se atropelar mais um fedelho.
9: à enésima descida pára-se antes dos últimos 100 metros para mais uma foto.
Para os mais distraídos, é bom saber que Kongsberg tem neve até à ponta dos cabelos. Literalmente; e não é necessário nem ser baixo (referência escusada à altura da menina) nem atirarmo-nos ao chão (outra referência escusada, desta vez às minhas quedas). Que fazer então numa cidade "dominada" por engenheiros? En-ge-nhei-ros (e ainda dizem que não há inferno?). É urgente legislar para que por cada "marmanjo" que entre em engenharia se lhe "ajunte" uma "piquena"? Tipo discoteca: Ah e tal não está acompanhado? Ah não? Então não entra. Pumba!
... onde ia eu? Pois... Kongsberg, cidade a abarrotar de engenheiros, parco em enfermeiras. Enfermeiras? Oh diabo!!! Sim, há dias dizia-me um colega da bola: aqui há os engenheiros do parque industrial e as enferneiras do hospital. Sendo que por cada engenheiro há p'rái menos de 1/4 de enferneira (e ainda dizem que não há inferno!).
... onde ia eu? Pois... Kongsberg, cidade a abarrotar de neve, parco em enfermeiras. Que fazer aqui, então? Cada um sabe de si. Eu, que até nem nutro grande "admiração" por enfermeiras, tenho andado desde o início de Dezembro a tentar partir a outra clavícula. Como? A esquiar (n)as rampas.
Acontece que o resort dista mais do que uma hora, a pé, de casa. Vou de autocarro, à boleia, mas vou. Comprar as subidas não é barato. Alugar o equipamento também não. Ele é o esqui, a bota, os bastões, o outro esqui, a outra bota, o capacete, a máscara, o gorro, o kit de primeiros socorros, o GPS, o mapa do tesouro... ok, ok. Menos, mas ainda assim muita coisa! Depois de algumas idas já havia gasto o suficiente para comprar o equipamento todo (incluíndo o mapa do tesouro).
Prevendo que mais cedo ou mais tarde (mais cedo do que mais tarde) teria que comprar tudo, como haveria depois de carregar o equipamento? O autocarro não passa em frente a casa, é tudo pesado e difícil de transportar... só havia uma solução: comprar uma bicicleta e um atrelado! Mas depois de ver o preço das bicicletas, desisti dos atrelados também. E havia carros mais baratos. Fui a Oslo ver um carro com preço inferior ao de algumas bicicletas (não estou a "reinar") e, como me perdi a tentar convencer o dono que eu percebo de mecânica, sem sucesso, acabei por perder também o último comboio para casa. Não tive alternativa: tive mesmo que comprar o carro se queria vir dormir a casa. Oh lar, doce lar! Os carros aqui são vendidos com 9 pneus: 1 sobresselente; 4 para o Inverno e outros 4 para o Verão. P'lo preço de uma bicicleta não está mau...
Depois do carro, veio o presente mais apreciado nos últimos anos, com a devida vénia à própria menina, minha senhora: um par de esquis que eu "namorei" nos últimos meses. Novinhos. Espectáculo! No dia em que os recebi, dormi a correr e sonhei com eles. Agora, "calçado" num par de [botas "montadas" nuns] esquis, tenho tentado partir uns ossos. Sem sucesso, felizmente.
3: salta-se para cima do elevador, e sobe-se... 2 kms.
Uns sobem, outros já descem. Alegoria da vida!
Uns sobem, outros já descem. Alegoria da vida!
[video6] 8: volta-se à pista e tenta-se atropelar mais um fedelho.
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