'Relato de uma tarde de' ou 'Receita para'
Como prometido, e depois de receber as imagens, aqui fica um relato (que isto de dar lições de pilkki (para inglês: ice fishing) fica para profissionais... eu nem sorte de principiante tive!) de uma tarde passada à espera que algum peixe estúpido se iludisse com o banho gelado do morcão!
Primeiro vai-se ao prisma (supermercado na zona sul de Roi) e, por menos de €10, compra-se uma cana de pesca que à primeira vista parece de 'brincar', para miúdos. Incluído nos €10 é possível comprar uma caixinha de morcõezinhos vivos (rabiavam por entre pequenas aparas de madeira) porque os peixes não gostam de morcões mortos! E há quem goste?!
Ok. Cana e morcões. A isto junta-se uma broca, que em nada condiz com a caninha (na Noruega e com alguma sorte, seria suficiente pare fazer um poço... de petróleo!). Só faltava o banquinho (arre! não se tem nada que não esteja fora de escala) que se conseguiu por 1 aéreo numa Kirpputori (Mercado de pulgas, traduzido para português). Só faltava a escumadeira, no caso de uma cozinha sul-coreana. Reunidos os ingredientes, estávamos preparados para um "passeio" até às margens do Kemijoki. Foi o que se segue:
Nota:
Há dias fui descoberto pelo excelente Lusofin, o espaço da Comunidade Portuguesa na Finlândia. Para quem tem interesse em contactos com o País do Mil Lagos, aconselho vivamente a visita. Ao contrário do por aqui se vai passando, no LusoFin, a frequência é diária!
Nós por cá, em Arendal, atentos à próxima partida, que desejamos para breve.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
sábado, 22 de março de 2008
mudar d'ares... (cont.)
... continuação: começando pelo voo até Helsínquia para ver se chego finalmente a Arendal.
Helsingissä (que é como quem diz: em Helsínquia) fui convidado para um concerto numa discoteca (loja de discos), que encaixei sem dificuldades entre um par de entrevistas. Os Desert Planet, uma banda electro trash com sede, imagine-se, na (minha) faculdade de Arte de Design, cuja audição só se justifica por atracções nostálgicas dos saudosos spectrums, cassetes e gravadores dos anos oitenta, foram os "performers" de um espectáculo que eu sabia bizarro! Fica o vídeo e o "kiitos".
Na capital finlandesa (e um pouco por todo o país), o preto continua a dominar a palete de cores qualquer que seja a estação do ano... os finns são assim: escuros. Com as devidas excepções, claro está!
Para aqueles (finns ou não) que sentem que precisam d'algo para a saúde... a solução não é Ferrero, não senhor. A recomendação é a famosíssima Chiquita (por favor não me lembrem a anedota!). Chiquita faz bem, mesmo que seja mini! Hyvää Suomi!
E finalmente... Norge! E... finalmente a menina, que saudades! Não me vou perder com apresentações de Arendal. A Eduarda na Noruega já o fez! Fica só a ideia de que isto se apresenta para os viks como o Algarve para os tugas.
Os dois (três?) últimos dias são dignos de registo. Se por acaso viajasse para sul para fugir da neve teria apanhado um balde d'água nevada! Nevou durante dois dias, o que (quase) nos sugeriu hibernação. Hoje o sol voltou a brilhar, proporcionando umas quantas imagens (talvez) atípicas para este espaço-tempo.
A sucata que fez ligação de Nelaug a Arendal.
Surpreendentemente "limpinho"; a ruralidade é outra coisa!
E assim vão os dias por cá... volto agora às limpezas, que amanhã às 9:00 o compasso bate à porta! Ou não...
Helsingissä (que é como quem diz: em Helsínquia) fui convidado para um concerto numa discoteca (loja de discos), que encaixei sem dificuldades entre um par de entrevistas. Os Desert Planet, uma banda electro trash com sede, imagine-se, na (minha) faculdade de Arte de Design, cuja audição só se justifica por atracções nostálgicas dos saudosos spectrums, cassetes e gravadores dos anos oitenta, foram os "performers" de um espectáculo que eu sabia bizarro! Fica o vídeo e o "kiitos".
E finalmente... Norge! E... finalmente a menina, que saudades! Não me vou perder com apresentações de Arendal. A Eduarda na Noruega já o fez! Fica só a ideia de que isto se apresenta para os viks como o Algarve para os tugas.
Os dois (três?) últimos dias são dignos de registo. Se por acaso viajasse para sul para fugir da neve teria apanhado um balde d'água nevada! Nevou durante dois dias, o que (quase) nos sugeriu hibernação. Hoje o sol voltou a brilhar, proporcionando umas quantas imagens (talvez) atípicas para este espaço-tempo.
Surpreendentemente "limpinho"; a ruralidade é outra coisa!
E assim vão os dias por cá... volto agora às limpezas, que amanhã às 9:00 o compasso bate à porta! Ou não...
sexta-feira, 21 de março de 2008
mudar d'ares...
Março... hoje é o dia perfeito para dizer: tanto durmo como faço! É um dia especial, por isso. E porque é Dia Mundial da Árvore e da Floresta, e porque, mais hora menos hora, é por estes momentos que a Primavera se nos apresenta, ou ainda porque, e voltando ao provérbio, é dia de equinócio.
Para mim estas são só razões secundárias... este dia é especial porque hoje volto aqui ao portugalilainen para falar, também, do portugisisk! Ah pois é. O portugalilainen mudou-se novamente para terras viks e a menina do forcado acompanha-o, a marota!
As últimas andanças laponas foram para tentar pescar o-que-quer-que-possa-nadar-debaixo-de-meio-metro-de-gelo (logo que consiga umas imagens da figurinha, volto ao evento) e, naturalmente, apreciar em modo especial algumas "finnishenesses", entre elas, a instituição sauna.
Temperatura e humidade à entrada.
(curiosidade: é normal a temperatura pode subir acima dos 120 ºC)
A cerveja estava, como convém, fresquinha!
De resto, fui brindado com outra instituição nórdica, uma aurora borealis de se lhe tirar o chapéu (esmerou-se e brindou-me com coreografias arrojadas), aquém da minha estreia em Outubro de 2006, mas, ainda assim superior às de Tromso. Muito bom!

Ainda deixei bacalhau ao amigo finn (espero que o consiga "dominar") e fui a tempo de preparar umas rabanadas saborosas para emprestar um pouco de portugulidade a um "lanche" amavelmente oferecido por uma numerosa família local (5 filhos e mais se projectam para o futuro).
À saída de Rovaniemi, pese embora o branco dominar totalmente a paisagem, as temperaturas pisaram terreno positivo e, em Março, isso significa a (pseudo-) despedida do Inverno e o início de uma espera tortuosa até que se possa de facto sentir a Primavera (lá para meados de Maio).
O sol "rasteirinho" sobre o Kemijoki gelado, onde se anda
(lentamente)
ou se esquia
(mais depressa)
ou se conduz uma "snowmobile"
(ainda mais depressa!)
de preferência aproveitando o sol que em Junho deixará de se pôr!
Sobre os dois dias em Helsínquia, a viagem até Arendal na Noruega, e o -enésimo (re-)encontro com a menina do forcado, minha "patroa", prometo actualização até ao dia de Páscoa. Assim, boa Páscoa, happy Easter, hyvää Pääsiäistä ou god Påske, consoante a preferência de cada um!
Para mim estas são só razões secundárias... este dia é especial porque hoje volto aqui ao portugalilainen para falar, também, do portugisisk! Ah pois é. O portugalilainen mudou-se novamente para terras viks e a menina do forcado acompanha-o, a marota!
As últimas andanças laponas foram para tentar pescar o-que-quer-que-possa-nadar-debaixo-de-meio-metro-de-gelo (logo que consiga umas imagens da figurinha, volto ao evento) e, naturalmente, apreciar em modo especial algumas "finnishenesses", entre elas, a instituição sauna.
(curiosidade: é normal a temperatura pode subir acima dos 120 ºC)
A cerveja estava, como convém, fresquinha!
De resto, fui brindado com outra instituição nórdica, uma aurora borealis de se lhe tirar o chapéu (esmerou-se e brindou-me com coreografias arrojadas), aquém da minha estreia em Outubro de 2006, mas, ainda assim superior às de Tromso. Muito bom!
À saída de Rovaniemi, pese embora o branco dominar totalmente a paisagem, as temperaturas pisaram terreno positivo e, em Março, isso significa a (pseudo-) despedida do Inverno e o início de uma espera tortuosa até que se possa de facto sentir a Primavera (lá para meados de Maio).
(lentamente)
ou se esquia
(mais depressa)
(ainda mais depressa!)
sábado, 1 de março de 2008
com os pés bem assentes
Confesso: estive à espera que chegasse Março para actualizar o blog. Desta vez não vou escrever nenhum testamento. Ficam algumas imagens e respectivas 'legendas'.
Sentia-se medo no ar...
a temperatura alta, a neve que não aumenta...
será que a Lapónia se foi embora?!
Finalmente nevou, e tudo voltou (mais ou menos) ao normal.
Teaser: próxima actualização será feita fora da Lapónia!
a temperatura alta, a neve que não aumenta...
será que a Lapónia se foi embora?!
Finalmente nevou, e tudo voltou (mais ou menos) ao normal.
Teaser: próxima actualização será feita fora da Lapónia!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
excepcional
Este espaço é, a partir deste momento, ex-cep-ci-o-nal.
Não no sentido extraordinário, excêntrico ou singular do termo, não. Mas sendo EU um egoísta confesso, e sendo este e-espaço MEU (metaforicamente escrevendo, claro está. Mas, no fim de contas, sendo arrendado por tuta e meia ou meia tuta, não deixo de ser o seu fiel depositário), e sendo que EU o escolhi e o apelidei para escrever sobre o que acho poder ser publicado sobre a MINHA vidinha, e tendo-me furtado, sempre, a trazer aqui reflexões filosóficas sobre o estado da nação ou do mundo, sobre a problemática do tsunami ou do aquecimento global; opiniões saloias ou académicas sobre a feitura do azeite ou sobre as propriedades medicinais do arroz de carqueija do Cortiço; publicidade barata ou distribuição gratuita da produção cultural na Papua-Nova Guiné ou o abate brutal e insano de focas bebés na costa do Alasca; eis que abro uma (prometo tudo vou fazer para que seja "a") excepção! E por isso, este espaço é, a partir deste momento, excepcional.
(O vídeo foi "roubado" da net. Sim, sei fazer estas coisas de "sacar" vídeos e músicas e outras coisas da net - clique com o botão direito do rato e depois com o esquerdo onde diz: "salvar como...". Sim, se o turismo português me quiser pagar pela divulgação terei o maior gosto em comunicar-lhes o meu NIB)
Não no sentido extraordinário, excêntrico ou singular do termo, não. Mas sendo EU um egoísta confesso, e sendo este e-espaço MEU (metaforicamente escrevendo, claro está. Mas, no fim de contas, sendo arrendado por tuta e meia ou meia tuta, não deixo de ser o seu fiel depositário), e sendo que EU o escolhi e o apelidei para escrever sobre o que acho poder ser publicado sobre a MINHA vidinha, e tendo-me furtado, sempre, a trazer aqui reflexões filosóficas sobre o estado da nação ou do mundo, sobre a problemática do tsunami ou do aquecimento global; opiniões saloias ou académicas sobre a feitura do azeite ou sobre as propriedades medicinais do arroz de carqueija do Cortiço; publicidade barata ou distribuição gratuita da produção cultural na Papua-Nova Guiné ou o abate brutal e insano de focas bebés na costa do Alasca; eis que abro uma (prometo tudo vou fazer para que seja "a") excepção! E por isso, este espaço é, a partir deste momento, excepcional.
Não tendo nada que ver com o âmbito desta "coluna" aqui fica uma "promo" (digna de todo e qualquer comentário) do MEU jardim-à-beira-mar-plantado.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
+ um "arremesso" desde um ip finn!
Pois é, pois é! Mais ou menos um mês (foi assim que, a grosso modo, se fechou o último registo) e cá está. Sem nada o fazer prever, afinal é pouco mais do que um mês: estou a ganhar alguma precisão nas previsões! Que posso partilhar hoje? Como diria o outro... "Eh... e nós por cá tudo bem!" Nem podia ser de outro modo, pese embora (confesso!) preferir conjugar verbos no plural. Já falta pouco, menina!
Cheguei cá no final de Janeiro com passagem por Barcelona e por Helsínquia. O costume.
A questão para o automóvel é:
"Qual o serralheiro de alumínios? Ah?"
(e se adivinharem o nome do edifício garantimos o combustível para sempre!)
O regresso foi, literalmente, à mesma casa onde estive. Com o mesmo finn de companhia e por isso com a mesma tendência para maratonas culinárias. Têm rolado asiáticas, finlandesas, brasileiras, portuguesas... receitas, receitas, tratantes!
Aqui, interessa dizer, o Inverno está uma porcaria! Não há formas simpáticas de tratar o assunto. "Ah e tal, porque não se sabe, e tal o que se passa, porque o clima está a alterar-se e tal..." Está a alterar-se sim senhor! Estou farto de ouvir dizer que as coisas não eram tão más desde há "não sei quantos anos"... Se não eram tão más desde há "não sei quantos anos", quer dizer que há "não sei quantos anos" as coisas foram ainda piores. Ou seja, está a alterar-se, sim senhor, mas, para melhor! (inspirado naquela crença portuguesa: podia ser pior, podia ser pior...). A questão é que a temperatura tem estado 20 a 30 graus acima da média. Há dias subiu até aos ZERO! Onde se viu? Zero graus em Fevereiro na Lapónia? Com azar, no Verão, os lapões ainda têm um incêndizinho por cá! Cruz, credo, canhoto!
Mas não voltei cá nem para cozinhar, nem para "apreciar" o Inverno árctico. Voltei porque preciso de arrancar com a fase final desta empreitada que se iniciou umas semanas antes do parto deste e-espaço. Por outras palavras, e para aqueles que só agora fixaram esta frequência (em mono, paciência!), estou a caminho de terminar o "plano de estudos" com um par de disciplinas que findam no início de Março e arranco nessa altura para a escrita (que a mim se apresenta tão dolorosa!). Até lá, já houve tempo para celebrar o regresso da loota à sua casa natal.
Para fechar, deixo-vos com a revelação deste milénio. Para aqueles que se questionam sobre o sucesso do modelo que o Sócrates quer implementar em Portugal, caríssimos, o segredo não é a Nokia, nem a ABB, muito menos a Kone ou mesmo a Marimekko ou o seu famoso design. Não, não se trata da produtividade finlandesa, nem tão pouco da alta qualificação da mão-de-obra. O segredo, portugueses, está ou no preço das bicicletas! Pesquisei o mercado e tentei "alugar" um veículo. Como me vou embora daqui em menos de um mês, pensei: compro e vendo de volta ao vendedor. Nas várias tentativas a solução foi sempre a mesma: "Sim, tenho esta aqui muito boa, feita na Finlândia, por €170. Daqui a um mês? Se ela estiver como está dou-lhe metade!" Ou: "Sim, vendo-lhe este chaço por € 90 e sim, é possível que lhe fique com ele daqui a um mês... por... digamos, por... € 30." COMO?! Estes chaços alugados por mais de € 60/mês? E igrejas para roubar? Não?
Cheguei cá no final de Janeiro com passagem por Barcelona e por Helsínquia. O costume.
"Qual o serralheiro de alumínios? Ah?"
(e se adivinharem o nome do edifício garantimos o combustível para sempre!)
O regresso foi, literalmente, à mesma casa onde estive. Com o mesmo finn de companhia e por isso com a mesma tendência para maratonas culinárias. Têm rolado asiáticas, finlandesas, brasileiras, portuguesas... receitas, receitas, tratantes!
Aqui, interessa dizer, o Inverno está uma porcaria! Não há formas simpáticas de tratar o assunto. "Ah e tal, porque não se sabe, e tal o que se passa, porque o clima está a alterar-se e tal..." Está a alterar-se sim senhor! Estou farto de ouvir dizer que as coisas não eram tão más desde há "não sei quantos anos"... Se não eram tão más desde há "não sei quantos anos", quer dizer que há "não sei quantos anos" as coisas foram ainda piores. Ou seja, está a alterar-se, sim senhor, mas, para melhor! (inspirado naquela crença portuguesa: podia ser pior, podia ser pior...). A questão é que a temperatura tem estado 20 a 30 graus acima da média. Há dias subiu até aos ZERO! Onde se viu? Zero graus em Fevereiro na Lapónia? Com azar, no Verão, os lapões ainda têm um incêndizinho por cá! Cruz, credo, canhoto!
Mas não voltei cá nem para cozinhar, nem para "apreciar" o Inverno árctico. Voltei porque preciso de arrancar com a fase final desta empreitada que se iniciou umas semanas antes do parto deste e-espaço. Por outras palavras, e para aqueles que só agora fixaram esta frequência (em mono, paciência!), estou a caminho de terminar o "plano de estudos" com um par de disciplinas que findam no início de Março e arranco nessa altura para a escrita (que a mim se apresenta tão dolorosa!). Até lá, já houve tempo para celebrar o regresso da loota à sua casa natal.
Para fechar, deixo-vos com a revelação deste milénio. Para aqueles que se questionam sobre o sucesso do modelo que o Sócrates quer implementar em Portugal, caríssimos, o segredo não é a Nokia, nem a ABB, muito menos a Kone ou mesmo a Marimekko ou o seu famoso design. Não, não se trata da produtividade finlandesa, nem tão pouco da alta qualificação da mão-de-obra. O segredo, portugueses, está ou no preço das bicicletas! Pesquisei o mercado e tentei "alugar" um veículo. Como me vou embora daqui em menos de um mês, pensei: compro e vendo de volta ao vendedor. Nas várias tentativas a solução foi sempre a mesma: "Sim, tenho esta aqui muito boa, feita na Finlândia, por €170. Daqui a um mês? Se ela estiver como está dou-lhe metade!" Ou: "Sim, vendo-lhe este chaço por € 90 e sim, é possível que lhe fique com ele daqui a um mês... por... digamos, por... € 30." COMO?! Estes chaços alugados por mais de € 60/mês? E igrejas para roubar? Não?
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