sexta-feira, 31 de agosto de 2007

mudanças

Caros blog'uespectadores: entrou em funcionamento o retransmissor da wordpress. A emissão, assim como todo o arquivo existente, passa para o canal portugalilainen desta antena. As próximas emissões serão efectuadas em duplicado com o blogger, para, depois da fase de testes, serem efectuadas apenas pelo novo retransmissor.
Sempre atentos ao progresso, à evolução, aos mais recentes e relevantes avanços, e na perseguição constante da qualidade que nos caracteriza, damos mais este passo... por si!

domingo, 26 de agosto de 2007

portugisisk

Uma semana depois de chegar dou corda à pena (ou pressão às teclas). Vou ser cronologicamente ascendente e assim começar pelo mais antigo. Aterrei no dia 16 (à noitinha, no escuro), depois de ter estado um dia em Barcelona. A propósito de Barcelona, desculpem-me os entusiastas catalães, mas não me seduzi com a cidade... sem no entanto retirar uma vírgula à internacionalidade da dita e reconhecê-la como grande (demasiado grande?). Depois do aeroporto, o Aiport Express Train deixou-me na sentralstasjon da capital viking. Como não consegui "comprar" bilhete para a viagem que se seguia (àquela hora poucas eram as vivalmas) "saltei a cerca" e fui à pala até à penúltima estação da linha 3 (a estadia ainda se media em minutos e estava no crime. Valente!) À chegada estava um "caretaker" (funcionário do Bairro de estudantes de Krinsgjå) para me receber. Confesso que já não aguentava carregar a bagagem mais uns metros... com o osso já soldado, mas com os músculos ainda em recuperação, devo ter demorado mais de 15 minutos para andar uns 300 metros. O homem meteu tudo na furgoneta (eu incluído, claro) e deixou-me dentro de casa sem grandes explicações... e eu também não estava para elas: queria relaxar o corpinho (danone? nããã... seda!) e recuperar-me para o dia seguinte. Que começou com a visita madrugadora à recepção para "acusar" a minha recepção e saber como raio havia de ir até à AHO para a reunião-recepção aos "internacionais". Desta vez comprei bilhete para metro, autocarro e... arre! Esta merdaº (como tem "bolinha" posso ser mal-educado!) é d'outro mundo! Cada corrida no metro são 22 kr (coroas norueguesas) e no bus 15 kr. Bem, ida e volta havia de dar qualquer coisa como 74 kr, o equivalente a mais de € 9.20! Fui comprar o passe mensal. Mas como nasci antes de 77 (nem é bom lembrar!), fico fora dos estudantes e paguei 720 kr (eu fiz a conversão: são quase € 90!) E o resto é como os transportes. Oslo é, como dizia a coordenadora internacional, "embaraçosamente caro!" Quanto à recepção, mais do mesmo: e tal, aqui é a biblioteca, os cartões de estudante, ali as salas de aula, depois as "workshops", yada, yada, yada... laboratórios de informática, e ali a cantina... cantina? E onde estão os pratos de almoço? Ah e tal, sopa com pão e, às vezes, tipo comida a sério (que parece mas nunca é!). Estes noruegueses. Simpáticos, sim senhor! Sorriem de borla na rua (já o havia experimentado em Tromso) mas comidinha que é bom, 'tá qu'eto! E cara! Por cada 2 sopas com pão na AHO, almoço 3 dias (salada, sopa!, prato, bebida, pão...) na ULapland. Para referência, um menu Big MAc são quase € 9. Bem, às horas tantas (p'raí 2 da tarde), a cortesia via-se numa espécie de bolo e um refrigerante para enganar o estômago... dos noruegueses! Que um estômago treinado como o meu não se deixa enganar! Vá lá saber-se porquê, na minha mesa (sim, fui o primeiro a sentar-me, ainda cansado da esfrega do dia anterior) estavam a totalidade dos espanhóis que estão por cá! E um holandês... Mais tarde conheci os outros lusos (um alfacinha e um andrade). Há mais duas lusas que ainda não vi por lá. Não procurei, confesso. E há também finns que ainda não conheci... À noite houve uma espécie de praxe para os novos alunos (os do 1º ano) mas que eu não tive oportunidade de assistir. Estive a (preparar o) jantar! Antes de ir para fim-de-semana troquei algumas impressões com o flat-mate norueguês: como os outros, simpático e acessível que chegue. 15 a 0 aos finns. Os dias sem aulas (sábados e domingos) deram para "medir" a cidade e dar umas voltas de (re)conhecimento. É uma cidade maneirinha. Percorre-se bem, quer a baixa (lotada urbanisticamente, óbvio, mas ainda assim respirável), quer os suburbs (muito verdes, pelo menos antes de ficarem brancos e/ou congelados no Inverno). Tão maneirinha que em 2 dias estou preparado para uma visita guiada à menina do forcado. Para quem como eu acredita que a escultura é a arte das artes, sem considerar a apreciação da colecção exibida, esta é com certeza uma boa cidade para "ver". Seguem-se alguns registos das "visitas".

vista do porto em frente à sede do município

pormenor no parque de Vigelend

vista sobre parte do parque

na famosa ponte do Vigelandsparken

descubram a diferença entre um sighseeing português e este...


festival mela no porto com a câmara como fundo

teatro nacional

para se entrar na cidade paga-se: em automático em "manuell"

por-tu-gal! por-tu-gal!

podiam comprar "metros" novos... massa não lhes falta!

arredores verdinhos e nórdicos

um dos últimos trabalhos do autor d'O Grito

casa roubada, trancas à porta!
entrar no museu de Munch é como fazer check-in em Stansted


típico: não se perde uma oportunidade de se vir p'rá rua, parques, praias...
basta um raio de sol e eles aí estão!


Ah! portugisisk é como os noruegueses escrevem português.